
Enzo
17 de novembro de 2013Conversar com gente mais velha é sempre uma experiência interessante.
Quando eu falo “mais velha”, quero dizer dos 40 pra frente. Falo de gente rodada, que já fez esse meu caminho aqui umas trocentas vezes e soube colher os frutos que encontrou.
Admiro a forma serena delas se portarem, a firmeza pra seguir a vida, o poder de autonomia, o equilíbrio emocional.
Tudo isso é meu sonho de consumo.
O Enzo, com poucas palavras me deu um estalo na mente.
Me fez perceber que os nossos valores precisam estar sempre à frente das nossas ações, que amor próprio é fundamental, que a família é nosso bem maior.
Nada de tão mirabolante ou que eu não soubesse, é verdade, mas é que quando a gente vê um cara que já viveu um monte de coisa chegar até ali sobre esses alicerces, nossa, que esperança que dá!
Senti até um constrangimento ao me ver presa a coisas tão diminutas, tão sem valor, tão insignificantes.
Vai dar tudo certo, menina.
Tá certo que ele fala do alto de seu prédio de luxo no centro da cidade e do conforto da sua 4×4, então tudo parece muito fácil. Mas vá lá, pra conseguir tudo isso o cara já ralou um bocado.
Não tenho grandes pretensões materiais na minha vida, sabe? Mas é óbvio que eu quero estabilidade, certo conforto, acesso a bens, etc, e como pra mim nunca fez sentido pensar só no meu umbigo, essas são coisas que eu desejo pra todo mundo, porque todo mundo quer uma vida boa, digna, decente.
Isso é possível? Completamente!
É nessa crença que eu me baseio pra sonhar e construir sempre algo melhor com meus pares.
As palavras do Enzo vieram na hora certa, me fortaleceram, reacenderam um monte de coisa bacana dentro de mim.
Santa mesa de bar. Santo compartilhamento de experiências. Santa maturidade.
Lhe sou grata por isso, de verdade.
A gente toma outra qualquer dia desses.
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